Rafaela promete olhar de tigre e novidades para o Mundial de Tashkent

Campeã olímpica quer surpreender adversárias com nova estratégia de luta em seu 11º Mundial.

03/10/2022

Por Confederação Brasileira de Judô | Crédito: IJF

Convocada para seu 11º Campeonato Mundial, Rafaela Silva dispensa apresentações. A medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, coleciona vitórias ao longo da carreira e, neste ano, após uma temporada regular, vai em busca de sua quarta medalha mundial, em Tashkent, no Uzbequistão, no dia 08 de outubro. 

“Estou bem focada e com expectativas boas. Não consegui chegar a uma medalha de ouro em Grand Slam, mas consegui no Grand Prix e segurei no quimono de atletas que não tinha segurado ainda. Nesse novo ciclo tem algumas meninas jovens que trocaram de categoria, saindo da base e chegando no sênior, então tive essa troca de experiência. Fui para o treinamento de campo com a Seleção, na França, e consegui treinar muito bem. Então chego bem confiante para esse Campeonato Mundial e, quem sabe, posso trazer mais uma medalha para o Brasil”, projeta a atual número 9 do mundo.  

Neste ano, Rafa adicionou mais quatro medalhas internacionais à sua coleção. Em janeiro, foi campeã do Grand Prix de Almada após vencer a holandesa Pleuni Cornelisse por ippon e, em abril, foi bronze no Campeonato Pan-Americano - Oceania de Lima. Abrindo a caminhada de classificação para Paris 2024, em junho, foi bronze no Grand Slam de Tbilisi e prata na edição de Budapeste. Em meia temporada, saiu de zero para o top 10 mundial, mostrando que, aos 30 anos, ainda é um dos principais nomes do 57kg. Mas, para buscar mais um pódio, sabe que precisa construir novos caminhos dentro do shiai-jo. 

“Estou trabalhando bastante coisa nova, porque fiquei dois anos parada. Todo mundo está esperando a Rafaela de 2019, de 2018 e das Olimpíadas do Rio. Mas, eu venho com alguns golpes novos que já tentei executar com algumas atletas que estarão no Mundial e obtive êxito. Estou fazendo também simulações de competição com alguns parceiros para tentar ficar mais próxima da realidade”, revelou. 

Rafaela é única brasileira a ostentar os títulos de campeã olímpica e mundial e já fez duas finais de Mundial. Em 2011, foi prata, e, em 2013, foi ouro de forma arrebatadora em sua cidade natal, o Rio de Janeiro. Diante de um Maracanãzinho lotado, ela venceu a americana Marti Malloy e torno-se a primeira campeã mundial da história do Judô brasileiro. 

“Eu acho que não há uma fórmula para ser medalhista mundial, mas é uma competição que você precisa ficar atenta 100%. As chaves são muito cheias e têm atletas muito duras, então cada luta é como se fosse uma final. No Campeonato Mundial, é olhar de tigre o tempo inteiro e uma luta de cada vez. Estou fazendo uma preparação muito boa e me dedicando ao máximo. Com certeza, vocês podem esperar uma Rafaela muito concentrada e agressiva, porque eu estou indo para o Mundial para dar meu máximo”, finalizou Rafa.